NOVA ORTOGRAFIA DA LНNGUA PORTUGUESAPassados 18 anos de sua elaboração, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor, hoje (2). O Brasil será o primeiro país entre os que integram a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) a adotar oficialmente a nova grafia. As regras ortográficas que constam no acordo serão obrigatórias inicialmente em documentos dos governos. Nas escolas, o prazo será maior, devido ao cronograma de compras de livros didáticos pelo Ministério da Educação. As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, as alterações atingem aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual é de 1,6%. Clique aqui e veja o Guia da Nova Ortografia. Entre os países da CPLP, já ratificaram o acordo Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Ainda não definiram quando irão ratificar o documento Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste. A assinatura desses países, porém, não impede a entrada em vigor das novas regras em todos os países, pois todos concordaram que as mudanças poderiam ser adotadas com a assinatura de pelo menos três integrantes da comunidade. No Brasil, o acordo -- firmado em 1990 - foi aprovado pelo Congresso em 1995. Agora, a implementação definitiva depende apenas de um decreto do presidente Lula, ainda sem data para ocorrer. Mesmo assim, o MEC (Ministério da Educação) já iniciou o processo de adoção da nova ortografia. Entre 2010 e 2012 é o período de transição estipulado pela pasta para a nova ortografia passar a ser obrigatória nos livros didáticos para todas as séries. Novas regras O acordo incorpora tanto características da ortografia utilizada por Portugal quanto a brasileira. O trema, que já foi suprimido na escrita dos portugueses, desaparece de vez também no Brasil. Palavras como "lingüiça" e "tranqüilo" passarão a ser grafadas sem o sinal gráfico sobre a letra "u". A exceção são nomes estrangeiros e seus derivados, como "Müller" e "Hübner". Seguindo o exemplo de Portugal, paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" --como "idéia", "heróico" e "assembléia"-- deixam de levar o acento agudo. O mesmo ocorre com o "i" e o "u" precedidos de ditongos abertos, como em "feiúra". Também deixa de existir o acento circunflexo em paroxítonas com duplos "e" ou "o", em formas verbais como "vôo", "dêem" e "vêem". Os portugueses não tiveram mudanças na forma como acentuam as palavras, mas na forma escrevem algumas delas. As chamadas consoantes mudas, que não são pronunciadas na fala, serão abolidas da escrita. É o exemplo de palavras como "objecto" e "adopção", nas quais as letras "c" e "p" não são pronunciadas. Com o acordo, o alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão de "k", "y" e "w". A utilização dessas letras permanece restrita a palavras de origem estrangeira e seus derivados, como "kafka" e "kafkiano". Dupla grafia A unificação na ortografia não será total. Como privilegiou mais critérios fonéticos (pronúncia) em lugar de etimológicos (origem), para algumas palavras será permitida a dupla grafia. Isso ocorre principalmente em paroxítonas cuja entonação entre brasileiros e portugueses é diferente, com inflexão mais aberta ou fechada. Enquanto no Brasil as palavras são acentuadas com o acento circunflexo, em Portugal utiliza-se o acento agudo. Ambas as grafias serão aceitas, como em "fenômeno" ou "fenómeno", "tênis" e "ténis". A regra valerá ainda para algumas oxítonas. Palavras como "caratê" e "crochê" também poderão ser escritas "caraté" e "croché". Hífen As regras de utilização do hífen também ganharam nova sistematização. O objetivo das mudanças é simplificar a utilização do sinal gráfico, cujas regraas estão entre as mais complexas da norma ortográfica. O sinal será abolido em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento também começa com outra vogal, como em aeroespacial (aero + espacial) e extraescolar (extra + escolar). Já quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento, o hífen deverá ser utilizado, como nas palavras "micro-ondas" e "anti-inflamatório". Essa regra acaba modificando a grafia dessas palavras no Brasil, onde essas palavras eram escritas unidas, pois a regra de utilização do hífen era determinada pelo prefixo. A partir da reforma, nos casos em que a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar por "r" ou "s", essas letras deverão ser duplicadas, como na conjunção "anti" + "semita": "antissemita". A exceção é quando o primeiro elemento terminar e "r" e o segundo elemento começar com a mesma letra. Nesse casso, a palavra deverá ser grafada com hífen, como em "hiper-requintado" e "inter-racial". Ortografias nova e antiga conviverão até 2012 Os estudantes dos ensinos fundamental e médio vão conviver com a dupla ortografia até 2012. Haverá três anos de transição desde a entrada em vigor das mudanças na escrita e a obrigatoriedade de utilizar apenas a ortografia atualizada. A tolerância também será estendida para vestibulares e concursos públicos, cujas provas deverão aceitar como corretas as duas normas ortográficas. As mudanças começarão a ser implementadas a partir dos primeiros anos de formação escolar. Em 2010, os livros destinados a alunos entre 1ª e 5ª séries das escolas públicas deverão conter apenas a nova ortografia. No ano seguinte, a regra valerá também da 6ª à 9ª série. No ensino médio, a medida tem início a partir de 2012. ’Especialistas acham que é bom para os alunos conviverem com as duas regras, para compararem o que mudou’, afirma Rafael Torino, diretor de Ações Educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Por isso, o Ministério da Educação autorizou a publicação de livros para reposição com a nova ortografia, para todas as séries, já a partir do próximo ano. O cronograma de implantação da nova grafia na rede pública foi estabelecido pelo FNDE com base no programa de compra para livros didáticos adquiridos pelo órgão e distribuídos a alunos das escolas públicas. As compras ocorrem com pelo menos dois anos de antecedência. Em março foi aberto o processo de escolha do material para compra dos livros de 1ª a 5ª séries, cujos protótipos já devem ser apresentados na nova ortografia. No caso do livro didático, a legislação dispensa a necessidade de licitação. A escolha é feita com base na análise dos professores da rede de ensino público. Editoras prevêem expansão de mercado com ortografia integrada A unificação ortográfica deve favorecer o intercâmbio comercial no setor de livros entre os países de língua portuguesa. Pelo menos essa é a aposta das editoras brasileiras. Na avaliação de entidades que representam as empresas, o acordo vai facilitar o trabalho de edição de publicações em outros países, em que pese a manutenção de diferenças culturais e regionais. A expectativa é de redução nos custos de adaptação de obras. "Atualmente é preciso mexer em cerca de 10% do conteúdo", afirma Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro. Na sua avaliação, a produção editorial brasileira será beneficiada com a entrada em vigor do acordo. O otimismo é compartilhado por Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, que além de produzir material oficial do governo do Estado, também atua como editora. "Quando queremos mandar livros para outros países, temos problemas. Temos de reescrever tudo, isso encarece, impede a publicação", diz. A abertura do mercado deve beneficiar principalmente o segmento de livros técnicos e de literatura, enquanto os didáticos a comercialização tende a permanecer restrita. "No caso do livro didático acho mais complicado enviar para outros países porque tem a questão de semântica regional", explica Beatriz Grellet, gerente-executiva da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros), que possui 26 associados, entre eles, alguns do segmento didático. Autores criticam prazo para adaptar livros a novas normas de escrita A determinação do MEC (Ministério da Educação) para que livros didáticos que serão utilizados nos cinco primeiros anos do ensino fundamental em 2010 sejam editados já com a nova ortografia pegou de surpresa os editores. "A mudança conturbou. Na verdade, o problema não é a entrada em vigor, mas sim o imediatismo, a pressa", afirma José de Nicola, presidente da Abrale (Associação Brasileira dos Autores dos Livros Educativos), entidade que reúne os principais autores do país. Apesar de o edital do MEC para a compra dos livros ter sido publicado em janeiro, somente em maio surgiu a determinação obrigando que as obras fossem redigidas com a nova ortografia. Os editores propuseram que a medida valesse só em 2012, já que em Portugal o prazo para as novas regras entrarem em vigor é de seis anos. Segundo Nicola, por causa da exigência, o material teve de ser revisado. Inicialmente, os protótipos dos livros deveriam ser entregues para análise do ministério entre 26 de maio e 4 de julho. Devido à exigência, o prazo foi prorrogado por mais 30 dias. "Nos livros de português o trabalho é mais complicado, porque não é só revisar, tem de alterar o conteúdo, mudar o capítulo sobre acentuação, emprego do hífen", diz o presidente da Abrale. A falta de definição em alguns pontos do acordo também dificultou o trabalho, segundo Nicola. "Enquanto não sair o dicionário da Academia Brasileira de Letras, ninguém põe a mão no fogo", afirma, se referindo ao Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa). O livro, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, estabelece a grafia padrão para as palavras em língua portuguesa. Na contramão Enquanto o mercado editorial preferiu esperar uma decisão que pusesse fim ao impasse sobre o acordo, a editora Nova Geração, que também trabalha no segmento de didáticos, resolveu se antecipar. Desde o ano passado a empresa começou a atualizar os livros que edita já com as regras que entrarão em vigor a partir do ano que vem. "Todas as nossas obras já estão em conformidade com as novas regras", orgulha-se Arnaldo Saraiva, dono da Nova Geração. O empresário defende a tese de que juridicamente o acordo vale desde que São Tomé e Príncipe ratificou o Acordo Ortográfico, completando o número de três países membro da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) exigidos para a aprovação do documento. Saraiva afirma que chegou a cobrar das autoridades a entrada em vigor das novas regras, enviando mensagens para vários políticos. Segundo ele, só a Presidência da República respondeu. "Esse é o país do silêncio", critica. Clique aqui e veja o Guia da Nova Ortografia. |
quarta-feira, 16 de maio de 2012
NOVA ORTOGRAFIA DA LНNGUA PORTUGUESA
Referência catafórica / referência anafórica
Referência catafórica / referência anafórica
[Pergunta] O que são, e quais as diferenças entre os dois vocábulos acima.
Isaías Gualberto :: :: Brasil
[Resposta] Como não inclui estas expressões em contextos, para que se veja mais claramente a acepção, só posso dizer o seguinte:
a) Catáfora – dizemos que há catáfora, quando um termo se refere a outro que vem à frente e lhe dá, a partir deste, o seu sentido estricto, rigoroso. Dois exemplos:
1. – Esta foi sempre a minha doutrina: tudo que há de bom e útil no mundo, se consegue procedendo por amor ao próximo.
2. – Está na sala familiar, e entre todos nós, aquele irmão amigo que todos conhecemos e muito estimamos.
Conclusão: referência catafórica pode ser uma referência em que haja uma catáfora. Ou uma referência semelhante a uma catáfora.
b) Anáfora – consiste na repetição de uma ou mais palavras no princípio de enunciados sucessivos, em que sobressai com ênfase o elemento repetido. Um exemplo:
Passou muito tempo... passou um tempo infinito de anos e anos, um tempo de sacrifício que me parecia eterno, até conseguir aquele bem que todos conheceis e experimentais.
Na linguística textual, a anáfora é um procedimento sintáctico que consiste em repetir um elemento anteriormente expresso. Essa repetição faz-se frequentemente por meio dum pronome. Exemplo:
Vi no outro lado da rua o João, chamei-o, disse-lhe o que pretendia, e ele acolheu a minha ideia e ajudou-me.
Conclusão: referência anafórica pode ser uma referência em que haja anáfora; ou então uma referência semelhante a uma anáfora.
a) Catáfora – dizemos que há catáfora, quando um termo se refere a outro que vem à frente e lhe dá, a partir deste, o seu sentido estricto, rigoroso. Dois exemplos:
1. – Esta foi sempre a minha doutrina: tudo que há de bom e útil no mundo, se consegue procedendo por amor ao próximo.
2. – Está na sala familiar, e entre todos nós, aquele irmão amigo que todos conhecemos e muito estimamos.
Conclusão: referência catafórica pode ser uma referência em que haja uma catáfora. Ou uma referência semelhante a uma catáfora.
b) Anáfora – consiste na repetição de uma ou mais palavras no princípio de enunciados sucessivos, em que sobressai com ênfase o elemento repetido. Um exemplo:
Passou muito tempo... passou um tempo infinito de anos e anos, um tempo de sacrifício que me parecia eterno, até conseguir aquele bem que todos conheceis e experimentais.
Na linguística textual, a anáfora é um procedimento sintáctico que consiste em repetir um elemento anteriormente expresso. Essa repetição faz-se frequentemente por meio dum pronome. Exemplo:
Vi no outro lado da rua o João, chamei-o, disse-lhe o que pretendia, e ele acolheu a minha ideia e ajudou-me.
Conclusão: referência anafórica pode ser uma referência em que haja anáfora; ou então uma referência semelhante a uma anáfora.
Intertextualidade
Intertextualidade
Textos "conversam" entre si
Para entender o que é o conceito de "intertextualidade", um exemplo divertido. O jogo do "não confunda":
- Não confunda "bife à milanesa" com "bife ali na mesa",
- Não confunda "conhaque de alcatrão" com "catraca de canhão",
- Não confunda "força da opinião pública" com "opinião da força pública".Como se vê, é possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É assim que os textos "conversam" entre si. É comum encontrar ecos ou referências de um texto em outro. A essa relação se dá o nome deintertextualidade.Para entender melhor a palavra, pense em sua estrutura. O prefixo inter, de origem latina, se refere à noção de relação (entre). Logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem.
Intertexualidade na poesia
Veja como Chico Buarque de Holanda, um dos mais importantes compositores brasileiros, utiliza a intertextualidade em uma canção sua. Em "Bom Conselho", ele faz referências a provérbios populares.Provérbios populares
Canção de Chico Buarque
“Uma boa noite de sono combate os males”“Quem espera sempre alcança”“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço"“Pense, antes de agir”“Devagar se vai longe”“Quem semeia vento, colhe tempestade”Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(Chico Buarque, 1972)Chico Buarque inverte os provérbios, questionando-os e olhando-os sob outro ângulo, atribuindo-lhes novos sentidos.Há vários exemplos de intertextualidade na literatura. Veja, a seguir, como Ricardo Azevedo brinca com o famoso poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade.Quadrilha Quadrilha da sujeira João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.(Carlos Drummond de Andrade)João joga um palitinho de sorvete na
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de
Joaquim que joga uma garrafinha
velha na rua de Lili.
Lili joga um pedacinho de isopor na
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o quê na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J.Pinto
Fernandes que ainda nem tinha
entrado na história.Ricardo Azevedo (”Você Diz Que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais”, Fundação Cargill)Enquanto um texto trata do amor não correspondido, por meio da comparação com uma dança (quadrilha), o outro critica o mau hábito de jogar lixo na rua - e mostra como as pessoas prejudicam as outras.
A intertexualidade também é um recurso comumente utilizado pelas crônicasde jornal. Abaixo, veja como José Roberto Torero utiliza uma frase famosa dita por um personagem de Shakespeare. A frase quer dizer, em poucas palavras, que há muita coisa na vida que não compreendemos.
Shakespeare Deuses do futebol: Urucubaco “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofiaOlímpico leitor, divinal leitora, há mais coisas entre o céu dos deuses e a terra do futebol do que sonha a nossa vã crônica esportiva.
Determinadas situações do jogo e certas fases pelas quais os times passam não são, como pensam alguns, obra do acaso. Ao contrário, são uma manifestação da vontade de seres superiores, seres que controlam a nossa vida desde o dia em que o Caos gerou a Noite.(trecho de crônica de José Roberto Torero, Folha de S.Paulo, em17/9/02-pag.D3)Intertextualidade implícita
Agora, leia o poema a seguir e veja como ele se parece com um outro tipo de texto...Receita de herói
Tome-se um homem feito de nada
Como nós em tamanho natural
Embeba-se-lhe a carne
Lentamente
De uma certeza aguda, irracional
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois perto do fim
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim
Serve-se morto.(Reinaldo Ferreira em "Portos de Passagem" - João Wanderley Geraldi, São Paulo: Martins Fontes, 1991)Ao falar do como se faz um herói, o poeta usa elementos de uma receita de cozinha. Analise, por exemplo: - os verbos que indicam ordem (imperativo): "Tome-se", "Embeba-se-lhe", "Agite-se", "toque-se", "Serve-se";
- o advérbio de modo: "lentamente", ou seja, o "modo de fazer", próprio das receitas culinárias;
em geral, a receita de cozinha termina com a expressão: "Serve-se... (gelado ou frio ou quente etc.). O último verso do poema retoma essa forma da receita, mas o faz de uma maneira realista ou crítica, isto é, um herói "Serve-se morto."
O poema de Reinaldo Ferreira faz uma referência "implícita" às receitas culinárias - a referência não é clara, direta, a nenhuma receita em específico, mas o modo como o texto é construído lembra as tais receitas.
Para terminar, outro exemplo interessante, também de Drummon. Ele fala da "medicalização" do mundo moderno, por meio da criação de palavras que lembram os nomes de diversos remédios...
Para terminar, outro exemplo interessante, também de Drummon. Ele fala da "medicalização" do mundo moderno, por meio da criação de palavras que lembram os nomes de diversos remédios...
Receituário Sortido
Calma.
É preciso ter calma no Brasil
calmina
calmarian
calmogen
calmovita.
É preciso ter calma no Brasil
calmina
calmarian
calmogen
calmovita.
Que negócio é esse de ansiedade?
Não quero ver ninguém ansioso.
O cordão dos ansiosos enfrentemos:
aspiran!
ansiotex!
ansiex ansiax ansiolax
ansiopax, amigos!
Não quero ver ninguém ansioso.
O cordão dos ansiosos enfrentemos:
aspiran!
ansiotex!
ansiex ansiax ansiolax
ansiopax, amigos!
Paródia
Paródia
Por Maíra Althoff De Bettio |
A paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que remetam à produção original, como por exemplo o ritmo – no caso de canções – mas modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou retratação de algum tema que esteja em alta no contexto abordado (Brasil, mundo política, esporte, entre outros).
O novo contexto empregado à estrutura do que já existia passa por um processo de intertextualização para o leitor, ouvinte, espectador. Para compreender a intenção da paródia, às vezes, é necessário um pré-conhecimento do objeto inicial, por isso, em geral, opta-se por parodiar obras que sejam conhecidas pelo público a ser atingido.
Utilizada também em propagandas, a paródia é um meio de familiarizar o produto em questão com as pessoas alvo. É o caso da lã de aço “Assolan”, que em seus comerciais televisivos parodia músicas de alguns grupos e/ou cantores que estão na mídia, isto é, canções que, normalmente, a sociedade já ouviu e, com isso, mantendo o ritmo e mudando a letra, os espectadores gravam consciente ou inconscientemente os trocadilhos e acabam adquirindo determinado item.
Retornando à marca “Assolan”, sua reformulação em cima de “Festa no apê – Latino” foi a seguinte:
Original
Esse gênero textual até encontra um lugar em meio às leis brasileiras, que diz o seguinte: “Segundo a lei brasileira sobre direitos autorais, Lei 9.610/98 Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito”. Essa permissão deve existir em função de a paródia ter se tornado uma ferramenta usada em muitos meios e profissões com os mais variados fins.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paródia
http://www.youtube.com/watch?v=oTgOchYHYDU
http://letras.terra.com.br/latino/101382/
Paródia da Bom Bril.
Utilizada também em propagandas, a paródia é um meio de familiarizar o produto em questão com as pessoas alvo. É o caso da lã de aço “Assolan”, que em seus comerciais televisivos parodia músicas de alguns grupos e/ou cantores que estão na mídia, isto é, canções que, normalmente, a sociedade já ouviu e, com isso, mantendo o ritmo e mudando a letra, os espectadores gravam consciente ou inconscientemente os trocadilhos e acabam adquirindo determinado item.
Retornando à marca “Assolan”, sua reformulação em cima de “Festa no apê – Latino” foi a seguinte:
Original
“Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê …Paródia
…Chega aí, pode entrar, quem ta aqui, ta em casa
é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bundalelê …”
“A família não para de crescer, usou, passou, limpou, é Assolan fenômeno
Lã de aço, têm esponjas, panos multiuso, saponáceos
Hoje é festa na casa e no apê, usou, passou, limpou, é Assolan fenômeno (bis)”
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paródia
http://www.youtube.com/watch?v=oTgOchYHYDU
http://letras.terra.com.br/latino/101382/
Pronomes
Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.
Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)
Os pronomes pessoais são subdivididos em:
- do caso reto: função de sujeito na oração.
Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)
- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)
Os pronomes oblíquos subdividem-se em:
- oblíquos átonos: nunca precedidos de preposição, são eles: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes.
Basta-me o teu amor.
- oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição:
Preposição: a, de, em, por etc.
Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas.
Basta a mim o teu amor.
Pronomes Pessoais:
Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)
Os pronomes pessoais são subdivididos em:
- do caso reto: função de sujeito na oração.
Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)
- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)
Os pronomes oblíquos subdividem-se em:
- oblíquos átonos: nunca precedidos de preposição, são eles: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes.
Basta-me o teu amor.
- oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição:
Preposição: a, de, em, por etc.
Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas.
Basta a mim o teu amor.
Pronomes Pessoais:
Número | Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos |
Singular | primeira | Eu | Me, mim, comigo |
segunda | Tu | Te, ti, contigo | |
terceira | Ele/ela | Se, si, consigo, o, a, lhe | |
Plural | primeira | Nós | Nos, conosco |
segunda | Vós | Vos, convosco | |
terceira | Eles/elas | Se, si, consigo, os, as, lhes |
Pronomes de Tratamento
Nos pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento.
Pronome de tratamento é aquele com que nos referimos às pessoas a quem se fala (de maneira cerimoniosa), portanto segunda pessoa, mas a concordância gramatical deve ser feita com a terceira pessoa.
Alguns pronomes de tratamento:
Nos pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento.
Pronome de tratamento é aquele com que nos referimos às pessoas a quem se fala (de maneira cerimoniosa), portanto segunda pessoa, mas a concordância gramatical deve ser feita com a terceira pessoa.
Alguns pronomes de tratamento:
pronome de tratamento | abreviatura | referência |
Vossa Alteza | V.A. | príncipes, duques |
Vossa Eminência | V.Emª. | cardeais |
Vossa Excelência | V.Exª. | altas autoridades em geral |
Vossa Magnificência | V.Magª. | reitores de universidades |
Vossa Reverendíssima | V.Revma | sacerdotes em geral |
Vossa Santidade | V.S. | papas |
Vossa Senhoria | V.Sª. | funcionários graduados |
Vossa Majestade | V.M. | reis, imperadores |
Emprego dos pronomes pessoais:
- conosco e convosco: são utilizados na forma sintética, exceto se vierem seguidos de outros, todos, mesmos.
Queriam falar conosco.
Queriam falar com nós mesmos.
- o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.
Vou pô-lo a par do assunto. (pôr + o)
- o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe,assumem a forma no, na, nos, nas.
Fizeram-no calar.
- nós e vós podem ser empregados em lugar de eu e tu em situações de cerimônia ou, no caso de nós, por modéstia.
Nós, disse o papa, seguiremos os mesmos passos de nossos antecessores.
Vós sois sábio.
- vossa e sua: vossa cabe à pessoa com quem se fala; sua cabe à pessoa de quem se fala.
Vossa Excelência queira tomar a palavra. (falando com ou para uma autoridade)
Sua Excelência não compareceu. (falando de uma autoridade)
- você e os demais pronomes de tratamento comportam-se gramaticalmente como pronomes da terceira pessoa.
Você chegou atrasado para o jantar!
Verbo
Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de“verbo” é aquela, dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa, número e voz.
Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.
No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos:
Voz ativa
Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo:
Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.
No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos:
Voz ativa
Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo:
O repórter | leu a notícia |
Sujeito agente | Verbo na voz ativa |
Voz passiva
Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa pelo fato verbal. Vejamos:
A notícia | foi lida pelo repórter |
Sujeito paciente | Verbo na voz passiva |
Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a notícia.
A voz passiva apresenta-se em dois aspectos:
Voz passiva sintética – Formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na terceira pessoa (do singular ou plural) mais o pronome “se” (apassivador).
Exemplo:
Praticaram-se | ações solidárias |
Voz passiva sintética | Sujeito paciente |
Voz passiva analítica – Formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto).
Exemplo:
Ações solidárias | foram praticadas |
Sujeito paciente | Voz passiva analítica |
foram – verbo ser / praticadas - particípio |
Voz reflexiva
Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir:
A garota | penteou-se diante do espelho |
Sujeito agente | Verbo na voz reflexiva |
É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a ação de ser penteada.
conjunção
Definição, tipos de conjunção e exemplos.
Conjunção
A palavra “conjunção” provém de “conjunto”. Vejamos a definição do último termo no dicionário Aurélio: Conjunto: adj. 1. Junto simultaneamente. sm. 2 Reunião das partes dum todo.
Já o sufixo -ção tem significado de “resultado de uma ação”. Logo, se associarmos as duas definições, temos que: conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.
Com essa primeira definição, vejamos essa frase composta por três verbos, ou seja, por três orações:
Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.
Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:
Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.
Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando as orações 1 e 2 e a palavra mas está ligando as orações 2 e 3. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.
Agora, vejamos esse outro exemplo:
Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia a dia.
Observamos que as palavras amor e carinho têm a mesma função na frase, a de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, de mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.
Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira, a usada pela maioria dos gramáticos, por ser definição do dicionário:
Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.
Conjunção coordenada e subordinada
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.
Vejamos essas duas frases:
Maria caiu e torceu o tornozelo.
Gostaria que você fosse sincera.
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu e Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “gostaria” fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”. Assim, a oração “que você fosse sincera” é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração “Gostaria”. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.
Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:
Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.
Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.
A palavra “conjunção” provém de “conjunto”. Vejamos a definição do último termo no dicionário Aurélio: Conjunto: adj. 1. Junto simultaneamente. sm. 2 Reunião das partes dum todo.
Já o sufixo -ção tem significado de “resultado de uma ação”. Logo, se associarmos as duas definições, temos que: conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.
Com essa primeira definição, vejamos essa frase composta por três verbos, ou seja, por três orações:
Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.
Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:
Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.
Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando as orações 1 e 2 e a palavra mas está ligando as orações 2 e 3. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.
Agora, vejamos esse outro exemplo:
Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia a dia.
Observamos que as palavras amor e carinho têm a mesma função na frase, a de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, de mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.
Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira, a usada pela maioria dos gramáticos, por ser definição do dicionário:
Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.
Conjunção coordenada e subordinada
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.
Vejamos essas duas frases:
Maria caiu e torceu o tornozelo.
Gostaria que você fosse sincera.
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu e Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “gostaria” fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”. Assim, a oração “que você fosse sincera” é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração “Gostaria”. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.
Locução conjuntiva
Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:
Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.
Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.
preposição
Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; e estabelece relação de vários sentidos entre as palavras que liga.
Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:
• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.
• Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.
• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.
• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.
As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...
2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...
Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...
As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.
Exemplos: do (de + artigo o)
no (em + artigo o)
daqui (de + advérbio aqui)
daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)
Emprego das preposições
- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.
Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento)
Estive com José (relação de companhia)
A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)
O carro de Paulo é novo (relação de posse)
- as preposições podem vir unidas a outras palavras.
Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.
Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:
• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.
• Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.
• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.
• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.
As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...
2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...
Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...
As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.
Exemplos: do (de + artigo o)
no (em + artigo o)
daqui (de + advérbio aqui)
daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)
Emprego das preposições
- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.
Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento)
Estive com José (relação de companhia)
A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)
O carro de Paulo é novo (relação de posse)
- as preposições podem vir unidas a outras palavras.
Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.
Contração | Combinação |
Do (de + o) | Ao (a +o) |
Dum (de + um) | Aos (a + os) |
Desta (de + esta) | Aonde (a + onde) |
No (em + o) | |
Neste (em + este) |
- a preposição a pode se fundir com outro a. Essa fusão é indicada pelo acento grave ( `) e recebe o nome de crase.
Ex.: Vou à escola (a+a)
Chage do neo colonialismo
Neocolonialismo
Charge retirada do Site http://marxismo.wordpress.com/charge-politica/
Colonialismo e Neo colonialismo em charges
O colonialismo é conhecido mas você sabia que ainda somos colonizados mesmo sem percebermos?
Classes Gramáticais
Substantivo, verbo, adjetivo, artigo, numeral e pronomes
Classes gramaticais
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Função ou sentido
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Palavra que serve para designar os seres, atos ou conceitos; nome.
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Substantivos de dois números
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Substantivo que tem a mesma forma para o singular e o plural: lápis, vírus, ônibus, mil-folhas.
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Substantivos de dois gêneros
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São substantivos que têm a mesma forma para seres de ambos os sexos, sendo o gênero marcado pelo artigo que os precede. Exemplos: o/a colega, o/a agente, o/a lojista.
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Substantivos sobrecomuns
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Têm a mesma forma para o masculino e o feminino, não variando sequer o artigo ou o adjetivo que os acompanha. Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro.
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Verbo
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Palavra que expressa ação, estado ou fenômeno. É a classe gramatical mais rica em variação de formas, podendo mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo infinitivo, que é, por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos:Fugir, estar, chover, comprar, ser, anoitecer.
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Adjetivo
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Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma qualidade. Exemplos: mulher linda, livrodivertido, árvore alta, olhos azuis.
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Adjetivo de dois gêneros
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É um adjetivo que mantém a mesma forma tanto quando se refere a substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos:Sugestão aceitável, convite aceitável, obra incrível, livro incrível, rapazadorável, moça adorável.
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Adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros
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Trata-se de palavra que pode ser classificada como adjetivo ou como substantivo e mantêm a mesma forma para os dois gêneros. Exemplos: Um jovem rebelde (neste caso, jovem é o substantivo e rebelde, sua qualidade, o adjetivo). Um rebelde jovem (neste caso, ocorre exatamente o contrário)
|
Artigo
Artigo definido Artigo indefinido |
Palavra que se coloca antes do substantivo, determinando-o e indicando seu gênero e número (artigo definido: a, as, o, os) ou (artigo indefinido: um, uma, uns, umas).
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Pronome
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Palavra que substitui o nome ou que o acompanha tornar claro o seu significado. Os pronomes se dividem nas seis grandes classes a seguir:
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Pronomes pessoais
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Designam as três pessoas do discurso (no singular ou no plural). Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco.
Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa Excelência, etc. |
Pronomes possessivos
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Indicam a posse em relação às pessoas do discurso: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
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Pronomes demonstrativos
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Indicam o lugar ou a posição dos seres em relação às pessoas do discurso.
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto. 2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. |
Pronomes relativos
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Representam numa oração os nomes mencionados na oração anterior. Exemplo:O livro que comprei é muito bom. São pronomes relativos: Que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais.
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Pronomes indefinidos
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Referem-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimido quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. São pronomes indefinidos: algum, nenhum, qualquer, ninguém, onde, etc.
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Pronomes interrogativos
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Os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto, quando são usados para formular uma pergunta.
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Numeral
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Palavra que designa os números ou sua ordem de sucessão. Exemplos:
Cardinais: quatro, vinte, trinta. Ordinais: quarto, vigésimo, trigésimo. Fracionários: meio, um terço, um quinto. Multiplicativos: duplo, triplo, quádruplo. |
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